sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

QUALIDADE NA EDUCAÇÃO II

Na postagem anterior, o questionamento sobre como concluir se uma escola tem educação de qualidade ou não nos conduziu a refletir sobre a importância de estar democratizando a utilização dos espaços pedagógicos e muito mais dos recursos disponíveis.
Hoje, ressaltaremos um trabalho que foi o resultado de algumas expectativas criadas. Quando pensamos ou conversamos sobre biblioteca dentro de uma escola, muitos logo fazem uma visualização prévia: é um local sóbrio, de silêncio, onde ficam apenas os livros. E os alunos, então, que olham a biblioteca como sendo um espaço de leitura, leitura e leitura apenas.
Nenhuma das visões está errada. Entretanto, tudo que o ser humano (ser que pensa, reflete, questiona, duvida, decide, sente, escolhe e etc) manipula, no sentido de fazer acontecer, não é algo estático, mas sim dinâmico, e nos apresenta realidades cada vez mais surpreendentes. Só um exemplo: a atividade coletiva com o livro "Destrua este Diário" quando os alunos, por meio de sorteio, tinham que fazer o que cada página no tal "Diário" determinava, como rasgar páginas, cuspir, morder, jogar e salpicar café, pisar em cima, enfim, uma atividade criativa, participativa e prazerosa.
E o prazer está aí, ao ver resultados que vão além dos paradigmas de avaliação quantitativa, feita apenas baseada em números. É gratificante presenciar, dar oportunidade, um "empurrãozinho" para que alguns possam manifestar seu potencial. E isso, claramente, foi possível ver com o trabalho que o coordenador da Biblioteca Escolar (BE) vem desenvolvendo, Profº Orlando Tadeu.

De leituras, conversas, ideias e principalmente do "ouvir" de seus frequentadores, os alunos, o Profº Tadeu foi realizando ações que envolveram direção, serviço de apoio, professores, SIE, Conselho Escolar e os alunos.
Lembro que, ao entrar na biblioteca durante o evento do "Dia da Consciência Negra", presenciei o séc. XIX em dimensão real, em plena atividade, vendo os alunos se preparando para a apresentação com um frenesi, com um entusiasmo extraordinário, isto dentro de um ambiente que muitos imaginam, como foi dito antes, inadequado para estas "farras" pedagógicas.
                              
Recentemente, vimos a modernidade artística, na grafitagem que os alunos Douglas e Christiam realizaram na área de acesso à Biblioteca Escolar. Pesquisaram na SIE, conversaram com o Profº Tadeu e desse processo surgiu um belo trabalho artístico.

O ambiente escolar, como foi comprovado neste ano inesquecível para todos nós, precisa produzir conhecimento de qualidade, mas sobretudo precisa se dinamizar, ser um palco, um espaço aberto para a arte, para a poesia, para a literatura, para o esporte, para o entretenimento e para a exploração do potencial criativo/participativo de seu maior e mais importante protagonista: o aluno. 

    

Postagem por: Profª Sandra Yara, coordenadora da Sala de Informática Educacional (SIE) 
e Profº Orlando Tadeu, coordenador da Biblioteca Escolar (BE)

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